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Família e Alfabetização

Não é surpresa ver cuidadores familiares (pais, mãe, tios e avós) e professores preocupados com o baixo desempenho na alfabetização de suas crianças e quando isso ocorre, perguntam-se:  O que fazer para ajudar?

Aqui quero chamar à atenção da família, em especial que o processo de alfabetização é um processo que inicia antes da série escolar que leva este nome e perdura por toda a vida. Durante toda a vida o ser vai ampliando sua leitura de mundo e assim completando sua alfabetização no sentido amplo da palavra.

Seria interessante elencar aqui os principais preditores na aquisição da leitura e da escrita, os quais servirão de base a construção deste aprendizado sistematizado e ensinado nas escolas, e estes são:

– Reconhecimento das letras do alfabeto;

– Memória de trabalho ou memória operacional;

– Consciência fonológica

– Processamento fonológico

Mas, essa seria uma informação técnica para o conhecimento dos professores que lidam com alfabetização inicial aos 5/6anos.

E a família? Como pode ajudar na construção desses saberes?

É simples, a família pode construir um ambiente alfabetizador natural em casa, e neste as crianças se desenvolvem naturalmente, levando em consideração crianças típicas (sem transtornos do neurodesenvolvimento).

As práticas do ambiente familiar alfabetizador, deverão ser:

-Construção e prática cotidiana de leitura em casa com a criança e para a criança;

-Dar voz e vez para que os pequenos falem, se expressem e questionem sobre a vivência e compreensão de mundo;

-Ter em casa livros, revistas em quadrinhos e clássicos infantis;

-Explorar idas a museus, cinemas e parques naturais, zoológicos;

-Manter os aparelhos eletrônicos sob supervisão e limite de uso.

– Participar da vida escolar das crianças desde a educação infantil;

-Estar atenta às observações dos professores e em caso necessário b uscar intervenção precoce para as dificuldades de aprendizagem que possam surgir.

Uma pesquisa de estudo científico realizado por Catts et al (1997) apontou

Que 70% das crianças que no final do 2º ano do ensino fundamental tinham dificuldades na leitura, já apresentavam déficits de linguagem no ensino infantil.

Isso nos leva a considerar a importância do olhar cuidadoso na educação infantil de nossas crianças, não delegando a responsabilidade somente para os professores.

 

Mara Elisa Rosas/Psicopedagoga Clínica.

                                                                            ABPp 1586/Ba

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